O principal vinho tinto da Viña Santa Rita foi batizado com o nome da “Casa Real” (hoje hotel), construída em 1880 pelo fundador da empresa, Domingo Fernández-Concha, em Buín, no Vale do Maipo, 35 km ao Sul de Santiago. O vinhedo Casa Real, em Buín, replantado nos anos 1950, forma a base do corte do Casa Real, um dos raros tintos ícones do Chile realmente chileno e não algo criado como parte de uma joint-venture bancada por estrangeiros. O fato de que a marca tem sido supervisionada há quase duas décadas por Cecília Torres, a primeira mulher a se tornar vinicultora de alto padrão no Chile, significa que a evolução qualitativa do Casa Real tem sido constante, aperfeiçoando-se no que diz respeito ao amadurecimento em carvalho desde 1993 e ficando com maior concentração de fruta desde 1997. Vários vinicultores chilenos admitem que, além de ser subestimado como ícone tinto, o Casa Real, com seu preço razoável, não deixa de ser, até certo ponto, uma boa compra. Fonte: 1001 Vinhos para beber antes de morrer

Uma das maiores expressões da Cabernet Sauvignon no Chile vem deste quase ilustre desconhecido Santa Rita Casa Real 2005. Um tinto cujo estilo conjuga a força de um Pauillac com a elegância de um Margaux. Com treze anos exibiu aromas terciários com tabaco, fumo de corda, licor de cacau sobre mentol. Nada de compota. Na boca taninos finos, álcool e madeira integrados. Muito expansivo, largo e de longa persistência. Sobra-lhe vida na garrafa. Um tinto que merecia um trabalho mais sério na sua divulgação porque atributos não lhe faltam!

 

Degustação –

Santa Rita Casa Real Cabernet Sauvignon 2005 – álcool: 14,5% – região: Buín/Vale do Maipo – amadurece 15 meses em barrica de carvalho francês de primeiro uso – análise organoléptica: vermelho-rubi intenso, profundo com reflexo violáceo com nítido halo de evolução. Apresenta um complexo aroma de frutas negras e ameixas maduras com um fino toque de menta, bala toffee sobre um fundo defumado. Na boca é elegante, de alta concentração e estrutura a demonstrar seu alto potencial de envelhecimento. É um tinto maduro, sólido, cheio de sabores de frutas negras e ameixa. Possui taninos amaciados por treze anos de envelhecimento na garrafa e uma elegância que lhe dá distinção. Longo, persistente, profundo, seguramente vai continuar a evoluir na garrafa nos próximos anos. Avaliação: 93/100 pts.+

Apesar dos treze anos sua rolha estava em perfeito estado de conservação!

 

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