O projeto Zorzal está localizado no coração de Navarra, mais precisamente na região de Ribera Baja de Navarra, na secular vila de Corella. Zorzal Graciano 2012 é um vinho único, com conceito distinto, que envolve duas gerações da da Família Sanz que tem profundo respeito pela vinificação tradicional. Com seu firme compromisso de recuperar as uvas nativas de Navarra, tais como a Graciano, chamada de “soberba” em razão de seu baixo rendimento, a Viña Corellana já obteve diversos prêmios, fora da Espanha inclusive. Métodos ecológicos são utilizados em todas as fases do processo de viticultura e enologia. A viticultura & enologia estão a cargo de Mikel Sanz e de Fernando Perez Obanos, respectivamente.

Safra 2012 –
A colheita de 2012 foi de baixo rendimento na D.O. Navarra devido à seca que a caracterizou. O rendimento das vinhas foi inferior, especialmente em áreas de terra firme e afetou todas as variedades, especialmente brancas. A seca foi ligeiramente aliviada no final de setembro e outubro e as uvas amadureceram convenientemente. Devido à incerteza das condições meteorológicas tem havido alterações seletivas nas colheitas da região.

Sobre a elaboração do Zorzal Graciano D.O. Navarra –
Elaborado à partir de videiras de mais de 30 anos, localizadas em Ombatillo/Corella.
Vinificação: uvas colhidas a mão. Maceração a frio (8°C) na fase de pré-fermentação para aprimorar o potencial aromático. A fermentação alcoólica ocorreu com temperatura controlada (24°C). O mosto foi fermentado em cubas de aço inoxidável de 15.000 litros por oito dias e a maceração das cascas se deu com leve agitação. Em seguida, houve a fermentação maloláctica em barrica de carvalho francês novo de grão fino e o restante em aço inoxidável. Subseqüentemente, o vinho amadureceu por quatro meses em barricas de carvalho francês de média tostagem. Ao final, com leveza e delicadeza o vinho foi filtrado.

Degustação –

Viña Zorzal Graciano D.O. Navarra 2012 – Álcool: 13,5% – Preço: R$ l68 (safra 2019 – World Wine) – A Graciano é uma das variedades utilizadas na região de Rioja para elaboração dos blends, por isso é interessante vê-la aqui sozinha. O vinho só passou quatro meses em barricas de carvalho, assim os sabores frutados estão bem perceptíveis. Análise organoléptica: escurão na cor com reflexo azulado a denotar boa extração. No nariz uma verdadeira paleta de aromas com ataque inicial floral bem definido que logo cedeu espaço para cereja e especiarias doces no nariz. Boca no mesmo diapasão. A virilidade dos taninos chama a atenção mas não assusta: o álcool dá firmeza ao conjunto e a acidez contribui para o frescor e fluidez. A fruta é um capítulo à parte: intensa e copiosa só não resiste ao verdor natural da Graciano, mas aqui o enólogo andou bem porque há um amargor que antes de incomodar vinca a personalidade deste raro e suculento vinho. Volto a mencionar que um dos pilares deste potente tinto é sua acidez vibrante que promete longa vida na garrafa pela frente. Termina longo e seco, com discreto acento mineral.Ótima opção para conhecer essa intrigante casta. Detentor de inequívoca relação preço-qualidade. Avaliação: 90/100 pts.+

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