A Quinta de Paços fica próximo a Barcelos e foi visitada na manhã de quinta-feira, dia 21 de novembro de 2012. Quem recepcionou o grupo de brasileiros foi o Sr. José  Silva Ramos. Foram degustados os seguintes vinhos, elaborados sob a batuta do Enólogo Rui Cunha:

Casa de Paços Superior Vinho Regional Minho 2011

Casa de Paços Fernão Pires Vinho Regional Minho 2011

Casa do Capitão-Mor Alvarinho DOC Vinho Verde Sub-região de Monção e Melgaço 2011

Casa do Capitão-Mor Alvarinho Reserva Vinho Regional Minho  Sub-região de Monção 2010

 Panorama das safras na região:

2010 – excelente safra.

2011 – muito quente com quedas bruscas de temperatura; ano atípico.

2012 – ano atípico, com muita chuva na época da colheita.

Sobre a Quinta de Paços

A  Quinta de Paços – Sociedade Agrícola, Lda. é uma empresa familiar que explora  cerca de 200 ha na região do Minho.  Os seus terrenos situam-se nos concelhos de Barcelos e de Monção, neles  produzindo uvas e madeiras numa filosofia de qualidade e de inovação.   Os  terrenos em Barcelos estão distribuídos pelas seguintes quintas: Quinta de  Paços, Quinta da Cotovia e Quinta de Vila Meã. Enquanto que os terrenos de  Monção correspondem aos da Casa do Capitão-mor/Quinta da Boavista.  As uvas  destinam-se à produção de vinhos em duas adegas situadas em Rio Covo Stª  Eulália, concelho de Barcelos e em Mazedo, concelho de Monção.  A  objetivo é o de produzir vinhos e alta qualidade, com uma personalidade  distinta e pondo especial ênfase no caráter natural e autêntico.    Na  viticultura pratica-se a produção integrada (boas práticas da proteção  fitossanitária, sem utilização de pesticidas tóxicos) e na adega são adotadas  boas práticas de higiene. Por fim, a referência mais antiga à qualidade do vinho desta Quinta é o prêmio atribuído      na Exposição do Centenário dos Estados Unidos em Filadélfia, em 1876.  Já no sec. XX a sua vinha principal primava por uma invulgar combinação de castas brancas: Alvarinho, Loureiro e Fernão Pires, que dava origem a  um vinho muito reputado na região.

Capela existente nas dependências da Casa de Paços

Casa de Paços Superior Vinho Regional Minho 2011 – variedades: Alvarinho, Loureiro, Arinto e Fernão Pires – álcool: 12,4 % – palha claro esverdeado. Aromas florais e cítricos. Boca macia, acidez delicada, acento minera, final persistente e suave.

Casa de Paços Fernão Pires Vinho Regional Minho 2011 – álcool: 12% – palha claro quase translúcido. Aberto nos aromas com notas florais (jasmim) sobre ervas aromáticas. Na boca confirmou o acento cítrico e mineral.  Vinho equilibrado e fresco que evidencia o caráter varietal da cepa.  

Aqui o proprietário da Casa de Paços

Casa do Capitão-Mor Alvarinho DOC Vinho Verde Sub-região de Monção e Melgaço 2011 – álcool: 12,7% –  Palha claro brilhante. Não tem a complexidade aromática e gustativa do excepcional 2010, todavia, seus aromas são complexos com leves toques florais,  frutas tropicais (manga, maracujá), acento mineral   e uma pontinha cítrica. A boca ratificou as sensações olfativas com seu perfil elegante, cheio  e aristocrático. Persistente, macio, promete evoluir bem na garrafa.

Casa do Capitão-Mor Alvarinho Reserva Vinho Regional Minho  Sub-região de Monção 2010 – álcool: 13,4% – palha com reflexo na transição para o dourado. Aberto nos aromas com uma paleta ampla com grande sustentação na taça: notas florais ao lado de forte pincelada mineral (querosene) a lhe conferir invulgar elegância e sofisticação. Frutas tropicais como manga e maracujá completam o conjunto. Na boca um degrau a mais. Um vinho untuoso, denso, profundo, potente e ao mesmo ponto delicado e sedoso. Um dos melhores Alvarinhos provados, eis que sua concentração de sabor e ausência de arestas impressionaram os degustadores. Reflete com fidelidade a excelência da cepa e a mão da natureza que fez da safra 2010 uma das melhores dos últimos anos na região. E o resultado é este Alvarinho, um verdadeiro “Primus Inter Pares”.

O vinho da lado direito foi um dos meus preferidos!

Conclusão

O que confere a acidez natural aos vinhos da Quinta de Paços de maneira geral é o solo granítico da região, a utilização de leveduras selecionadas que se alimentam dos açúcares para não deixar açúcar residual. A Alvarinho é uma variedade de película grossa que não é picada por insetos, portanto, dificilmente apodrece. Enfim, os vinhos da Quinta de Paços, detentores de inúmeras premiações internacionais,  são de ótima qualidade. Infelizmente, esses vinhos não estão disponíveis no Brasil, mas quem quiser importá-los não irá se arrepender por que a linha de vinhos se constitui de um portfólio consistente, de vinhos frescos e bem elaborados. Este produtor está à procura de importador para seus vinhos no Brasil. Premiações:

Casa de Paços – Arinto 2008 -Jancis Robinson Notes on our wines (2010-12.): Some Barrel Fermentation obvious in this structures wine. Very fine and tart with green vegetation aromas. Made to Age in Bottle. 16.5 Drink
A perfumed nose leads onto a tight, structured palate with good concentration of tropical fruit salad contact & lemon persistence. Partial skin maceration & barrel contact for the Arinto with lees stirring makes for an interesting wine with leesy sourdough tang to the finish. Very good by Sarah Ahmed http://thewinedetective.co.uk
Casa de Paços – Fernão Pires 2010 – Harpers Wine and Spirits Trades Review –Top 10 Portuguese Wines.
Casa do Capitão-Mor – Alvarinho 2010 – Reserva Medalha de Prata CINVE_Sevilla’2011
Morgado do Perdigão – Alvarinho e Loureiro – 2011 BronzeMedal in Decanter and IWSC.
Casa de Paços – Fernão Pires 2011 Silver Medal in AWCVienna
Casa do Capitão-Mor – Alvarinho 2011 Medalha de Ouro Associação dos Escanções de Portugal
Casa do Capitão-Mor – Alvarinho 2011- Reserva Medalha de Prata Associação dos Escanções de Portugal
Casa de Paços – Superior 2011 Ouro CINVE_Valladolid’2012
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