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No último dia 19 de agosto, a importadora Devinum ofereceu degustação dos vinhos da Bodega Narbona seguida de almoço (Restaurante El Tranvia – comida típica do Uruguai), com a presença da Enóloga Valéria Chiola, Fabiana Bracco, Paty Aires (Marketing) e Marc Perello (Diretor). A seguir informações da Narbona e, em seguida, descrições e avaliações dos vinhos degustados:

Sauvignon Blanc Puerto Carmelo
Sauvignon Blanc Puerto Carmelo da excelente safra 2015, seu estilo está mais para Pouilly-Fumé do que para Novo Mundo. Delicioso, fresco e de boa densidade, tem na tipicidade sua maior virtude, apenas 12,5% de álcool (R$ 55 – 90/100 pts.).

Sobre a Bodega Narbona –

A Bodega Narbona tem uma extensão de 50 hectares localizados na estância original de 1909 onde Juan de Narbona fundou uma das primeiras bodegas do Uruguai. Fieis à tradição, em 1990 o prédio denominado “casco” foi reciclado, em 1998 se inicia a plantação de vinhedos e em 2010 foi iniciada a construção de uma nova bodega dentro do casco original para a elaboração exclusiva de vinhos de alta gama. Também conta com pequenas extensões de árvores frutíferas que convivem com vinhedos destinados à elaboração de compotas e xaropes assim como a produção de biscoitos, queijos, massas e azeite de oliva. Atualmente, os vinhedos da Bodega Narbona contam com aproximadamente 15 hectares principalmente de Tannat, mas também de Pinot Noir, Petit Verdot, Viognier e Syrah. Está localizada na Ruta 21, km 268, Carmelo, na região de Colonia, telefone +598 4540 4160, e-mail de contato: fabiana.bracco@narbona.com.uy No Brasil, os vinhos poderão ser encontrados na importadora Devinum – www.devinum.com.br – tel. 11 2532 7201 – São Paulo/SP.

Rosé de Tannat encorpado, com passagem por madeira
Rosé de Tannat encorpado, com passagem por madeira – seis meses em barrica de carvalho francês

Narbona Tannat Rosé 2013 – Álcool: 12,5% – Região: Carmelo – Preço: R$ 80 – vermelho cereja intenso, profundo. Aromas complexos com notas tostadas decorrente do amadurecimento em barricas de carvalho (quatro meses) sobre um fundo que remete a fruta vermelha madura. Na boca é volumoso, razoavelmente fresco, um pouco alcoólico, seco e potente. Cresceu à mesa revelando vocação gastronômica. Finaliza sem amargor, medianamente persistente. Avaliação: 88/100 pts.

O Pinot Noir se mostrou correto
O Pinot Noir se mostrou correto

Narbona Pinot Noir 2013 – Álcool: 12,6% Preço: R$ 90 – na taça exibiu a cor típica da variedade com reflexo granada. Nariz convidativo com toques de amora, cogumelos e leve ponta fortificada. Boca no mesmo diapasão. Taninos presentes de boa qualidade, álcool integrado, acidez correta, mais presença de fruta no paladar do que no nariz. Gostoso, fresco, consistente, termina com média persistência, sem amargor. Avaliação: 88/100 pts. 

O Narbona blend teve desempenho surpreendente e de longe foi o vinho de melhor relação preço-qualidade
O Narbona blend teve desempenho surpreendente e de longe foi o vinho de melhor relação preço-qualidade

Narbona Blend 001 – safra 2013 – Álcool: 13,5% – Variedades: não divulgadas pelo produtor, mas provavelmente Tannat, Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot entre outras – Preço: R$ 92 – Quase retinto na cor impenetrável, profunda, tingindo a taça. Aberto, sobretudo complexo nos aromas com notas de licor de cacau, geleia de framboesa sobre um fundo defumado. Na boca a plena subscrição do nariz, com taninos de grande envergadura ligeiramente adocicados sem incomodar, álcool generoso, acidez correta assim como a madeira (10 meses em barricas de carvalho francês) que não se sobrepõe à fruta. Enfim, um tinto que tem a fruta como protagonista, num estilo que leva a chancela de Michel Rolland. Final longo. Apenas 7.000 garrafas produzidas. Avaliação: 91/100 pts.++

Luz de Luna é um Tannat que custa quase R$ 300
Luz de Luna é um Tannat com 15% de álcool que custa quase R$ 300

Narbona “Luz de Luna” Tannat 2011 – Álcool: 15% Preço: R$ 246 – profundo na cor, complexo no nariz com frutas negras, caramelo e um toque vegetal. Na boca é um vinho quente, de taninos firmes, os quais encontram contraponto na acidez e no álcool que estão sintonizados entre si. Aqui a fruta também está presente, mas o fim-de-boca recomenda mais algum tempo na garrafa para o completo afinamento do conjunto. Avaliação: 89-90/100 pts.++

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Conclusão

No Guia Descorchados 2014 três vinhos foram avaliados: Tannat Roble 2010 com 91/100 pts., Luz de Luna Tannat 2011 (89/100) e Narbona Rosé Tannat 2011 (88/100). Essas avaliações já tem o condão de aferir a linearidade deste produtor. Provamos o Tannat Rosé 2013, que assim como o Narbona Blend exibiu uma complexidade aromática e gustativa acima da média, a lembrar, em alguns momentos, vinhos do Velho Continente. E o resultado disso? Vinhos mais gostosos, de aromas convidativos, de maior densidade e persistência gustativa. Vinhos que se expressam magnificamente à mesa. A jovem e dinâmica enóloga Valéria Chiola está a se revelar, pois ao conferir seu toque pessoal aos vinhos conferiu-lhes inegável identidade. Para quem desejar sair da mesmice, os vinhos da Bodega Narbona são prova do potencial qualitativo Cisplatino.

Narbona Blend de safras – 2010, 2011 e 2012 – Álcool: 14,9% – amadurecido dezenove meses em carvalho francês acrescidos de dezoito meses de afinamento na garrafa. Análise organoléptica: quase retinto na cor, aromas complexos com licor de cassis, chocolate, coco sobre uma nota de madeira (cedro). Na boca a sua entrada revelou um vinho opulento, tânico (excelente qualidade), álcool generoso, acidez correta num perfil intenso, nervoso e denso. Final longo, persistente. Avaliação: 91-92/100 pts.

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