Da esquerda para direita: Veo Grande Carménère 2005, Casa Silva Reserva 2005 e o mendocino Viniterra 2006
Da esquerda para direita: Veo Grande Carménère 2005, Casa Silva Reserva 2005 e o mendocino Viniterra 2006

A reunião foi realizada no sábado, 19 de junho, no Restaurante “Benvenuto” (tel. 11 3081-0112), localizado numa galeria da Rua Augusta, 2676 – Loja 3, com a presença dos confrades Clóvis Pavan, Lucas Garaldi, José Luiz Garaldi, Romeu Mattos Leite e quem escreve essas linhas.

Abaixo, a relação dos vinhos:

9° – Aurora Pequenas Partilhas Carménère Serra Gaúcha 2006 – 12% álcool – R$ 35

8° – Viña La Rosa La Capitana Barrel Reserve 2005 – 14,5% – San Marinno – R$ 39

7° – Armador Carménère 2006 – 13,5% álcool – World Wine – R$ 39,00

6º – Santa Rita 120 2006 – 14% álcool – Valle del Maipo – Grand Cru – R$ 32,00

5º – Casillero del Diablo 2005 – Valle Central – 13,5% álcool – VCT Brasil – R$ 30,00

4º – Ventisquero Reserva 2004 – Valle del Rapel – 14% álcool -Cantu – R$ 43,00

3º – Casa Silva Reserva 2005 – Colchagua Valley– 14% – Vinhos do Mundo– R$ 45

2° – Viniterra 2006 – Mendoza – 14,5% álcool – Vínea – R$ 62,00

1° – Veo Grande 2005 – Colchagua Valley – 13% álcool – Obra Prima – R$ 35,00

À esquerda: Raphael Monteclaro César comanda a cozinha do Benvenuto
À esquerda: Raphael Monteclaro César comanda a cozinha do Benvenuto

Sobre a degustação

Essa degustação teve por tema a uva Carménère de procedências diversas além do Chile (Argentina e Brasil) e de safras não muito antigas (o mais velho é de 2004). A avaliação geral quanto ao estado de conservação das amostras foi boa. A amostra mais antiga datava de 2004, Ventisquero Reserva 2004. Um vinho com passagem por barrica de carvalho americano, que ainda não dava sinais de cansaço o que corrobora a afirmativa de que são longevos. Ficou na quarta posição. O campeão da “peleja”: Veo Grande Viña Errazuriz Ovalle 2005 (R$ 35,00 – Obra Prima/PR), vinho elegante que mostrou toda tipicidade da casta (vermelho-rubi violáceo, mostrou ótima complexidade olfativa com notas de compota (goiabada), frutas vermelhas e de boca fluída, macia, redonda, frutada e que termina com muita harmonia e apresenta um retrogosto levemente herbáceo) por ter sido produzido na excelente safra de 2005, é um vinho que praticamente manteve o seu desempenho inalterado, eis que há exatos dois anos foi campeão da degustação realizada na SBAV-SP denominada “Traga o seu vinho”. O segundo lugar foi para um vinho que dividiu opiniões: um Carménère de Mendoza, Argentina, que logo sobressaiu-se por seus aromas a lembrar vermute, frutas vermelhas, sobra de álcool e taninos potentes. Sem tipicidade, obteve boa pontuação por conta de seu estilo poderoso e frutado. Por fim, na terceira colocação de forma incontroversa, um Carménère que já obteve o título de “Melhor Carménère do Mundo” promovido pela “Associación de Ingenieros Agronomos Enólogos de Chile”: Casa Silva Reserva 2005. Por fim, digna de nota é a região dos vinhos que ocupam a 1ª. e 3ª. posições: Colchágua, apontada como uma das principais regiões chilenas para o cultivo dessa uva.

Sobre a Carménère

É voz corrente que cada país produtor de vinho deve ter uma identidade vitivinícola. A oportunidade do Chile se apresenta com a Carménère, uva bordalesa que se extinguiu por completo na França em razão da praga denominada Filoxera. Antes disso, foi trazida ao Chile e amplamente cultivada, porém, descobriu-se que grande parte das plantações de Merlot eram realmente de Carménère e o Chile é um dos poucos países onde está variedade é produzida e por isso que se converteu na sua bandeira. Seus vinhos são mais escuros que os Merlots e ao ser colhida no seu ponto de madurez (gosta do clima quente), apresenta aromas de café, chocolate e terra úmida.Na boca seus taninos são aveludados e doces. Colhida antes de seu ponto de maturação seus aromas são predominantemente herbáceos, com notas de pimentão verde e na boca costuma apresentar um ligeiro amargor que lhe confere personalidade.

Ela é cultivada em outros países, mas quando se fala em vinho de Carménère a referência é o Chile. É no vale de Colchágua que há o maior cultivo e produção de vinhos dessa varietal. Os especialistas dizem que ela se deu bem na região por causa da geografia que cria barreiras naturais como o oceano Pacífico, o deserto de Atacama e a Cordilheira dos Andes que protegem a região de pragas como a Filoxera e além disso o solo vulcânico e seco contribui para a composição de um terroir adequado à Carménère”.

Suas principais regiões de cultivo no Chile são: Vales de Cachapoal, Colchagua, Maule e Rapel.

Em 31.08.2008, a Wine Advocate de Robert Parker atribuiu 97/100 pontos para o vinho Carmín de Peumo da safra 2005, da vinícola Concha y Toro, a mais alta pontuação dada por esse importante crítico norte-americano a um vinho chileno.

Abaixo a avaliação dos vinhos degustados:

9º. Lugar – Aurora Pequenas Partilhas Carménère S. Gaúcha 2006 – 12% álcool – R$ 35

Nota: 80/100 pts.

8º. Lugar – Viña La Rosa La Capitana Barrel Reserve 2005 – 14,5% – San Marinno – R$ 39

Nota: 82/100 pts.

7º. Lugar – Armador Carménère 2006 – 13,5% álcool – World Wine – R$ 39,00

Nota: 84/100 pts.

6º. Lugar – Santa Rita 120 2006 – 14% álcool – Valle del Maipo – Grand Cru – R$ 32,00

Nota: 85/100 pts.

5º. Lugar – Casillero del Diablo 2005 – Valle Central – 13,5% álcool –C yT do Brasil – R$ 30,00

Nota: 85/100 pts.

4º. Lugar –Ventisquero Reserva 2004 – Valle del Rapel – 14% álcool -Cantu – R$ 43,00

Nota: 85/100 pts.

Pódio –

3º. Lugar – Casa Silva Reserva 2005 – Colchagua Valley– 14% álcool – Vinhos do Mundo – R$ 45

Nota: 85,5/100 pts.

2º. Lugar – Viniterra 2006 – Mendoza – 14,5% álcool – Vínea – R$ 62,00

Nota: 86/100 pts.

1º. Lugar – Veo Grande 2005 – Colchagua Valley – 13% álcool – Obra Prima – R$ 35,00

Nota: 87/100 pts.

(Visited 165 times, 165 visits today)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *