No dia 20 de janeiro de 2018, a Confraria Esvaziando a Adega se reuniu pela primeira vez em 2018 para degustação de vinhos antigos da adega deste redator, alguns adquiridos nos princípios dos anos 1990. A degustação denominou-se “VETUSTOS” e contou com a participação deste redator e dos confrades Lucas, José Luiz, Melissa, André e Clóvis. Convidado: Eduardo Morya que trouxe o Quinta do Ameal  Loureiro 2014.

Vinhos brancos degustados na ordem crescente de preferências:

1º – Fantinel  DOC Grave Pinot Grigio Friuli 1997 – Álcool: 12% – Importador: Depar Com. Imp. Export. Ltda. 

2º – Vin D’Alsace Riesling Maison Johannes Boubée 2005 – Álcool: 12,5% – Importador: Carrefour –

3º – Vin D’Alsace Gewürztraminer Maison Johannes Boubée 2005 – Álcool: 13% – Importador: Carrefour

 

 

Vinho de sobremesa: J. P. Moscatel de Setúbal DOC 2000 – Álcool: 17,5% – Importador: Portus Cale – o vinho estava em perfeito estado de conservação.

Blend bordalês californiano ficou em primeiro lugar. Detalhe: safra 1987

 

2° – Chateauneuf-du-pape Mont-Redon 1991 – Álcool: 14% – 

3° – BV Coastal Cabernet Sauvignon 1997 – Álcool: 13% –

4° – Chateauneuf-du-pape Celestin Planchon 1990 – Álcool: 13,8% – Importador: Expand 

5º – Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 1996 – Importador: Qualimpor

 

Last but not the least, o Quinta do Ameal Loureiro 2014 serviu de exemplo do potencial dessa casta do Norte de Portugal.  Palha intenso, aromático com notas de melão e frutas de caroço, encorpado, cítrico envolto em notas minerais num longo e delicado final.

 

CONCLUSÃO  –

O objetivo aqui não foi comparar os vinhos que são de uvas e de regiões completamente diferentes. A intenção foi a de aferir quem melhor enfrentou a implacável passagem do tempo.  O vinho melhor avaliado pelo grupo não era da adega deste escriba, mas do José Luiz, um tinto californiano de mais de 30 anos. Mas como era de se esperar houve agradáveis surpresas. Um dos chateauneuf-du-pape da longínqua safra 1991 estava soberbo (Chateau Mont-Redon), assim como o Carmenet 1987,  blend de CS, Merlot e CF  do Vale de Sonoma foi escolhido como o que menos sofreu com o decurso de mais de três décadas. Já o Duriense Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 1996 foi o tinto da degustação que mais deu sinais de cansaço. Acredito que o motivo pode estar na sua rolha, já que poucos dias antes da degustação começou a gotejar. Quanto aos brancos, o Pinot Grigio Fantinel 1997 encantou com sua cor amarelo dourado brilhante, aromas florais (jasmim), mel, amêndoas sobre um fundo mineral. Álcool integrado (12%). Paladar denso, macio, em camadas, acidez vivíssima sobre um fundo mineral. Persistência longa. Um vinho espetacular! Os brancos da Maison Johannes Boubée, importação do Carrefour, suportaram bem, mas como era de se esperar o Riesling resistiu mais ao tempo do que o Gewürz. Enfim, a máxima “quanto mais velho melhor” foi confirmada. Vinhos de bons produtores conservados em observância às mínimas condições, oriundos de boas safras e de variedades longevas podem ser guardados para vermos o que o tempo irá fazer com eles. Essa foi a lição que tiramos dessa degustação!!

 

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