A Quinta Vale D.Maria tem registro de propriedade datado de 1868 e foi arrendada em 1996, demonstrando potencial extraordinário para produzir vinhos excelentes, tanto Portos quanto vinhos tintos do Douro. Desde 2007, a Quinta pertence, novamente, à Van Zellers & Co, empresa fundada em 1780, também proprietária e arrendatária de outras propriedades. A partir daí, renasceram antigas marcas do Porto Van Zellers e VZ também foram criadas e desenvolvidas as marcas VQPRD Douro (Van Zellers Douro Tinto, Branco e Rosé e VZ Branco), Quinta Vale D. Maria Douro Tinto e Portos Vintage, Reserva e LBV, Casa de Casal de Loivos Douro Tinto e o vinho CV-Curriculum Vitae Douro Tinto. A equipe é composta de viticultores e enólogos reconhecidos em Portugal e no mundo pela busca da harmonia entre o velho e o novo vinho português: Sandra Tavares da Silva, Joana Pinhão, Mariana Brito, Courtney Christie, José Carlos Oliveira e Cristiano Van Zeller.
Degustação
Quinta Vale D. Maria Douro DOC 2010 – Álcool: 14,5% – Região: Douro – importador: Vinho Sul – Rufete, Tinta Amarela, Tinta Francisca, Sousão, Touriga Franca totalizando 41 castas diferentes e típicas do Douro, procedentes das vinhas velhas da Quinta Vale D. Maria, com idades superiores a 60 anos, vinhas com exposição Sul, Sudeste, Sudoeste, Nascente e Poente. Amadurecimento: 21 meses em barricas de carvalho francês (75% novas e 25% de apenas um ano). Análise organoléptica: vermelho-rubi de média intensidade com reflexo púrpura sem halo de evolução. Paleta de aromas complexos com frutas vermelhas e negras maduras na frente secundadas por notas de especiarias e toques defumados e tostados. No paladar é um vinho que chama atenção pelo equilíbrio entre taninos, álcool, acidez fruta e madeira. Potente, denso, encorpado, com taninos sedosos. O final de boca é bom, mas não exibiu a longa persistência de exemplares de outras colheitas. Avaliação: 90/100 pts.+
93 Pontos – Robert Parker’s Wine Advocate
“Um blend das uvas mais antigas do campo de vinhas antigas da Quinta Vale D. Maria (aproximadamente 60 anos) envelhecido por 21 meses em barricas 75% novas. É um vinho muito diferente e de um estilo bem diferente da safra de 2009, mais comercial. Dependendo de como será a evolução, e do treinamento do paladar dos clientes, muitos podem preferir este. Parece muito mais delicado e balanceado. Embora falte aquele “wow” extra da safra anterior, como eu disse, é mais gracioso, balanceado e persistente. Se não for o maior ou mais profundo vinho – o que pode acontecer com dois anos facilmente -, ainda é um grande vinho. Enquanto aera, mostra frescor e desenvolve uma mistura mais complexa de sabores, com toques de ervas. Sua harmonia até melhora. Deixei alguns goles na taça por duas horas e estava melhor quando voltei a tomar. Pode parecer jovem, mas vai evoluir muito bem. É um sucesso e um bom exemplo de como uma safra pode ser boa – nada de obviedades, mas muito balanço e prazer.
Mark Squires
Fonte: www.sonoma.com.br
90 Pontos – Wine Spectator