Fundada em 1910 pelo imigrante italiano Don Próspero José Pizzorno, Bodega Pizzorno completou 100 anos em 2010. Carlos Pizzorno, seu neto, deu continuidade a esse legado familiar sem perder de vista a tradição, eis que a vinícola adaptou-se aos tempos atuais com a utilização das técnicas mais modernas de cultivo da videira, na elaboração dos vinhos e na excelência tecnológica. Carlos faz questão de enfatizar a influência marítima, eis que seus vinhedos estão muito próximos do Atlântico: “isso determina uma grande amplitude térmica entre o dia e a noite no momento de amadurecimento das uvas, que reflete diretamente na intensidade e concentração dos aromas e sabores de nossos vinhos”.

Crédito da imagem – https://viagemdasommeliere.com/category/uruguay/

Importante destacar que Carlos conta com a assessoria do enólogo da Nova Zelândia Dunkan Killiner, e isso pôde ser observado no estilo de seus vinhos, principalmente Sauvignon Blanc, elaborado com uvas de vinhedos próprios, assim como as utilizadas nos demais vinhos. Carlos também conta com o auxilio do Enólogo Marcelo Laitano, há dezessete anos trabalhando na Pizzorno. Outra informação importante é sobre a procedência das barricas: além das conhecidas barricas americanas e francesas, são utilizadas barricas da Polônia e da Hungria, eis que comprovadamente aportam maior complexidade aos vinhos. A produção total da Pizzorno oscila entre 140.000 a 160.000 garrafas-ano.

Este Don Próspero 2017 é um sauvignon de tipicidade invejável, a refletir com fidelidade o clima marítimo de Canelones. Blogdojeriel.jpeg

 

Degustação –

Pizzorno Don Próspero 2017 Sauvignon Blanc – Álcool: 13% – Região: Canelones/Canelón Chico – Importador: Grand Cru – Corte proveniente da elaboração de três parcelas diferentes com diferentes graus de amadurecimento do vinhedo de Canelón Chico. Na taça um branco de cor translúcida brilhante. Aromas intensos, complexos, de ampla sustentação na taça, refletindo o caráter marítimo da região. Notas de flor de maracujá, cidreira, limão siciliano sobre um fundo herbáceo. Paladar no mesmo diapasão. Macio, provido de opulenta e delicada acidez, este branco de tipicidade exemplar, excelente frescor, flui gostosamente no paladar, pedindo comida. Vivaz e dotado de discreta mineralidade, termina exuberante. Ao ser degustado, um amigo afirmou que o estilo era bem próximo ao dos sauvignons neozelandeses. Então arrematei: “Um enólogo da NZ presta consultoria para a vinícola”. Avaliação: 90/100 pts.

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