Sobre Pessac-Leognan –
É provavelmente o distrito viticultor mais antigo de Bordeaux e cultiva vinhas desde a idade média. Em 1.987 o Norte de Graves tornou-se a denominação separada de Pessac-Léognan, tomando emprestado o nome das duas principais comunas localizadas a Oeste e a Sul da cidade de Bordeaux. Alguns dos vinhedos estão rodeados por extensões da cidade. Com solo cascalhoso, esse distrito tem grande potencial, como demonstrado por nomes de grande prestígio – os Chateaux Haut-Brion e Pape Clément -, e recebeu investimentos consideráveis nos últimos anos. Os tintos são de estilo semelhante aos de Médoc – firmes, estruturados e longevos -, mas talvez de boca um pouco mais cheia e com nuance defumada e mineral. A produção minúscula de brancos é a melhor de Bordeaux: são finos, cheios e persistentes, com aroma e sabor de frutas cítricas e capacidade de envelhecer.
Sobre o Chateau Haut-Brion
O Château Haut-Brion se estabeleceu no século XVI e desde 1935 é propriedade da família americana Dillon. É o único fora do Médoc classificado como “Premier Grand Cru Classé en 1855”. O vinhedo de 45 ha hoje está rodeado por extensões urbanas de Bordeaux e as vinhas ali cultivadas são das primeiras a amadurecer na região e são confiáveis. Com a generosa ajuda da Merlot no corte (sua participação no corte é maior do que no de seus rivais), o vinho Haut-Brion fica menos austero que seus pares de Médoc. Seu segundo vinho também não costuma decepcionar: Chateau Bahans Haut-Brion, cujo potencial de envelhecimento pode alcançar até 20 anos nas boas safras.
Pontuações do Chateau Bahans Haut-Brion 2003
89/100 – Robert Parker – 30.04.2006
90/100 – Wine Spectator – 31.03.2006
90/100 – International Wine Cellar – 01.06.2006
89/100 – Jean-Marc Quarin – 01.05.2010
Degustação –
Chateau Bahans Haut-Brion 2003 – Appelation Pessac-Leógnan Contrôlee – álcool: 13% – Variedades: Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc – preço: US$ 259,00 – safra 2005 – Mistral; safra 2006 – R$ 454 na World Wine – vermelho-rubi intenso com reflexo violáceo sem halo de evolução. No nariz um vinho marcadamente aberto e maduro, aromas complexos com cargas de framboesa, amora e geléia sobre um fundo defumado. Na boca é um vinho deliciosamente fresco, de taninos finos e doces que acariciam o palato. Nada está em descompasso: álcool, acidez, taninos, fruta e madeira formam um conjunto invejavelmente equilibrado. Redondo, longo, intenso e profundo promete evoluir positivamente na garrafa nos próximos dez anos ou mais. Avaliação: 91/100 pts. ++
Fonte: Guia Ilustrado Zahar – Vinhos do Mundo Todo
Jeriel,
Adoro Bahans, que agora se chama Le Clarence de Haut-Brion (à partir da safra 07). Já fiz algumas postagens sobre ele:
http://www.decantandoavida.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=198%3Abahans-haut-brion-1999&catid=1%3Aartigos-posts&Itemid=1
http://www.decantandoavida.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=72%3Abahans-haut-brion-morreu&catid=1%3Aartigos-posts&Itemid=1
http://www.decantandoavida.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=73%3Abahans-haut-brion-curiosidades-sobre-o-fim&catid=1%3Aartigos-posts&Itemid=1
Abraço.
Eugênio Oliveira
http://www.decantandoavida.com
Eugênio,
Eu só conhecia o Haut-Brion, que dos cinco Grand Cru Classé é o mais agradável desde sua juventude por conta da elevada participação de Merlot no corte em percentual bem superior. Vou ler os seus artigos. Nos catálogos atuais da Mistral e da World Wine ainda consta o nome antigo “Bahans”.
abraço
Jeriel
Os catálgos atuais da Mistral e World Wine devem estar trazendo safras anteriores a 2007 não? Se forem safras de 07 para frente estão errados.
Abraço.
Eugênio.
Eugênio,
O catálogo da Mistral contempla o 2006 e o da WW também.
abç
Jeriel