Em maio último a Qualimpor realizou o seu tradicional Wine Day 2018 em São Paulo, quando apresentou aos convidados, produtos da Herdade do Esporão, Quinta dos Murças, Quinta do Crasto, Freixenet, Taylor´s  e  Quinta do Ameal –

Na ocasião, Tomás Roquette conduziu uma degustação dos vinhos Syrah 2015 Douro Superior, Roquette e Cazes 2014 e Vinha Maria Teresa 2013, todos da Quinta do Crasto.
A Quinta do Crasto, localizada em pleno Vale do Douro, na mais antiga região vitícola regulamentada do mundo, possui condições ótimas para a produção de vinhos e azeites.
Durante a prova e comentários sobre o vinho Vinha Maria Teresa, Tomás citou um fato que gerou o tema desta matéria “Os Vinhos da Vinha Maria Teresa”.
O vinho Vinha Maria Teresa Douro DOC, é proveniente de uma centenária “monovinha” da Quinta, com excelente exposição solar, cultivada em socalcos de solo xistoso, com área de 4,5 ha; aonde o plantio misturado de variedades de uvas tinha como objetivo a produção do vinho do Porto. Foram mapeadas 48 diferentes castas de uvas na área.

Aqui o vinhedo de outro ícone da Quinta do Crasto: Vinha da Ponte

Esta área possui baixa produção, produz vinhos complexos, concentrados, com grande potencial de guarda e com o acompanhamento da equipe de enologia da Quinta, é produzido apenas em anos de excepcional qualidade e em quantidades limitadas. Foram produzidas as safras 1998, 2001/03/05/06/07/09/11/13 e a maior safra engarrafada foi a 2007 com 8001 gfs.


A safra de 2013 do Maria Teresa foi elaborada com pisa em lagar, fermentação em inox com temperatura controlada, amadurecimento de 20 meses em barricas de carvalho novas de 225 litros (85% francesa e 15% americana). Na taça exibiu cor violeta carregada, aromas complexos com especiarias e frutas maduras, taninos são finos, marcados e integrados com os aromas, bom equilíbrio, final elegante e persistente.
Porém a pergunta que resta é: “Qual o destino dos vinhos da Vinha Maria Teresa, quando este rótulo não é produzido?” Tomás respondeu a esta dúvida: os vinhos desta Vinha são incorporados ao Reserva Vinhas Velhas, que é proveniente de uma área com vinhas de 70 anos em média, aumentando assim suas qualidades sensoriais e gustativas.

Em 2012 não houve a produção do Crasto Maria Teresa, então o Vinhas Velhas recebeu as uvas que eram destinadas ao ícone da Quinta do Crasto

Portanto, nas safras em que o Vinha Maria Teresa não é produzido, pode-se degustar o Reserva Vinhas Velhas com um blend emblemático do Douro. Foi o que aconteceu em 2012 (foto de arquivo pessoal eis que o vinho não foi apresentado no evento), que pela informação do site da Quinta do Crasto, deve conter o vinho elaborado na Vinha Maria Teresa, pois nesta safra o rótulo Maria Teresa não foi elaborado. No portal da Quinta do Crasto não consta a elaboração do rótulo Maria Teresa em 2015; o último que consta é o 2014.

Os preços atuais na importadora Qualimpor são:
R$ 1.452,00 para o Vinha Maria Teresa 2013
R$ 506,00 para o Reserva Vinhas Velhas 2014

 

O Enófilo Eduardo Morya participa da “Confraria Esvaziando a Adega” sendo apreciador dos vinhos Quinta do Crasto-blogdojeriel.jpeg
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