O tinto Encierra é produzido por Viña La Encierra, na sub-região de Peralillo, Vale de Colchágua, há pouco mais de 160 km de Santiago do Chile, pela Família Eyzaguirre-Echenique. Essa família produz vinho no Chile desde 1.756, mas no ano 2000 decidiu criar Encierra com a intenção de produzir um vinho original e expressivo, usando somente as varietais de melhor adaptação a seu terroir. Assim, a vinícola surgiu de uma “joint venture” da família Eyzaguirre e do Château Lafite. Após a separação, cem hectares de velhas vides foram aproveitados para um novo projeto que contou com o esforço de Maria Ignácia Eyzaguirre Echenique e que adquiriu projeção graças à qualidade dos vinhos. A produção é pequena – em torno de 24.000 garrafas – comercializadas na Europa, Estados Unidos, Ásia e agora novamente no Brasil através da importadora Vinhos do Mundo. Em São Paulo, poderá ser encontrado na Wine Soul Store, sito à Rua Oscar Freire, 540 – 04 – Cerqueira César, São Paulo – SP, 01409-003, tel. (11) 2359-8871

Maria Ignácia Eyzaguirre Echenique e Ana de Andrade no 8° Tasting Anual Wines of Chile São Paulo – 2018

Especialmente nesta safra verificamos um grande acerto na elaboração deste vinho, que hoje já é uma referência no Vale de Colchágua e que, relativamente às safras anteriores provadas por este redator, está menos carregado de madeira, mais fresco e abordável na juventude. Aqui, o adágio “menos é mais” teve plena aplicação, comprovando a assertiva de que o Vale de Colchágua só perde em importância vitivinícola para o Vale do Maipo, porque nessa região também são produzidos tintos de classe mundial.

Degustação –

Encierra Vineyard Reserve 2015 – Importador: Vinhos do Mundo – Região: Peralillo/Colchágua – Álcool: 15% – Variedades: Cabernet Sauvignon (52%), Carménère (23%), Syrah (19%) e Petit Verdot (6%) – Preço: R$ 199,00 (Wine Body) – vermelho-rubi violáceo intenso, brilhante, profundo sem halo de evolução. Nariz aberto com notas de frutas vermelhas e negras, especiarias sobre um fundo mentolado. Mas seu ponto alto mesmo é o paladar, potente, macio, expansivo, de taninos muito finos tendo por destaque seu frescor promovido por sua acidez. Elegância, potência, harmonia entre fruta e a madeira são outros de seus destaques. Nem o álcool na casa dos 15% desequilibra o conjunto. Em edições antigas do Guia Descorchados, Patrício Tapia (respeitado crítico chileno), anotava tratar-se de um vinho exemplar onde a busca incansável pela fruta havia atingido seu objetivo. Amadurece doze meses em barricas de carvalho francês. Pode ser consumido já, porém, evoluirá favoravelmente na adega (climatizada de preferência) nos próximos anos. Avaliação: 90/100 pts.+

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